O Federal Reserve (Fed) decidiu cortar a taxa básica de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual (p.p.), para o intervalo de 3,5% a 3,75% ao ano. O resultado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) foi divulgado na tarde desta “super quarta” (10). Este foi o terceiro corte consecutivo nos […] O post Fed corta juros dos EUA em 0,25 ponto percentual pela terceira vez consecutiva apareceu primeiro em Monitor do Mercado.O Federal Reserve (Fed) decidiu cortar a taxa básica de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual (p.p.), para o intervalo de 3,5% a 3,75% ao ano. O resultado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) foi divulgado na tarde desta “super quarta” (10). Este foi o terceiro corte consecutivo nos […] O post Fed corta juros dos EUA em 0,25 ponto percentual pela terceira vez consecutiva apareceu primeiro em Monitor do Mercado.

Fed corta juros dos EUA em 0,25 ponto percentual pela terceira vez consecutiva

2025/12/11 03:00

O Federal Reserve (Fed) decidiu cortar a taxa básica de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual (p.p.), para o intervalo de 3,5% a 3,75% ao ano. O resultado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) foi divulgado na tarde desta “super quarta” (10).

Este foi o terceiro corte consecutivo nos juros, que dá continuidade ao ciclo de afrouxamento monetário na maior economia do mundo. Em setembro, o banco central norte-americano realizou a primeira redução nos juros durante o segundo mandato de Donald Trump — feita após cinco manutenções seguidas.

Apesar dos membros formarem maioria, a decisão não foi unânime. Austan Goolsbee e Jeffrey Schmid votaram para manter os juros, enquanto Stephen Miran, escolhido de Donald Trump, votou por um corte maior, de 0,5 p.p.

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Em comunicado, o comitê afirmou que os indicadores mais recentes mostram que a atividade econômica nos EUA continua crescendo em ritmo moderado. A criação de vagas desacelerou ao longo do ano, enquanto a taxa de desemprego avançou gradualmente até setembro.

Os riscos observados pelo banco central foram a inflação, que voltou a subir em relação ao início do ano e segue acima da meta de 2%, e a incerteza sobre o cenário econômico, que permanece elevada.

Além disso, o Fed informou que as reservas do sistema financeiro caíram para níveis considerados adequados e, por isso, iniciará compras de títulos do Tesouro de curto prazo, quando necessário, para manter a liquidez do sistema bancário.

Reação do mercado

Após da decisão, as bolsas em Nova York ganharam ritmo e ampliaram levemente os ganhos antes do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell. Às 15h15 (horário de Brasília), o Nasdaq opera em 0,08%, S&P 500 sobe 0,27% e Dow Jones tem alta de 0,61%.

No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, continua em alta, com alta de 0,3%, aos 158.458 pontos. O dólar perdeu força, mas ainda sobe 0,58%, a R$ 5,46.

Para Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, afirma que o corte já vinha sendo precificado ao longo das últimas semanas e ajuda a explicar parte da melhora recente no apetite por risco, especialmente em ativos sensíveis ao cenário macroeconômico, como o Bitcoin.

Investidores agora observam o tom do discurso de Powell, que será determinante para o mercado de ativos de risco, segundo Uska.

Manutenção dos juros nos EUA era esperada

Durante a sessão, às 11h25 (horário de brasília), quase 89,9% dos analistas apostavam em um novo corte na taxa de juros dos EUA, segundo o monitoramento do CME Group (imagem abaixo).

Para a próxima reunião, que acontecerá em 28 de janeiro, as apostas são de uma manutenção das taxas (72,2%), enquanto 19,9% enxergam a possibilidade de outro corte, que levariam a taxa para o intervalo de 3,5% e 3,25% ao ano.

Trump x Powell

A tomada de decisão sobre os juros é o principal motivo da briga entre o presidente do banco central americano e o presidente do país. Trump vem há tempos criticando o mandato de Powell, dizendo abertamente que ele está “demorando muito” para cortar a taxa de juros. O conflito, inclusive, fez Trump apelidar Powell de: Jerome “Too Late” Powell (atrasado, em inglês).

Durante o Simpósio de Jackson Hole, Powell mencionou as políticas de Trump (como a taxação de produtos estrangeiros) como prejudiciais à inflação, comentando que há uma grande incerteza sobre quando todas essas políticas se acalmarão e quais serão seus efeitos duradouros na economia.

“Os efeitos das tarifas nos preços aos consumidores estão claramente visíveis. Nós esperamos que esses efeitos se acumulem nos próximos meses, com o aumento das incertezas”, afirmou.

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Questionado pela imprensa sobre uma possível demissão de Powell, o presidente dos EUA recuou, mas manteve as críticas à atual política monetária.

Nesta semana, o Financial Times informou que Trump fará rodada final de entrevistas para definir quem será o novo presidente do Fed. O diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Kevin Hassett, segue como favorito.

Seguem na chance pelo cargo: ex-membro do Fed, Kevin Warsh; os dirigentes do Fed Christopher Waller e Michelle Bowman; e Rick Rieder, da BlackRock.

Por que os juros dos EUA subiram tanto nos últimos anos?

Com a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Ucrânia e Rússia, a inflação dos Estados Unidos subiu exponencialmente, chegando a atingir a maior inflação em 40 anos em 2022 (9,1%).

A taxa básica de juros serve para desacelerar a economia, assim controlando a inflação. Ou seja, conforme a inflação subiu, os juros nos EUA subiam.

Em maio de 2023, depois de 10 altas consecutivas, o Fed parece ter encontrado um intervalo estável para controlar a inflação (entre 5,25% e 5,5% ao ano). Os juros só começaram a cair em setembro de 2024, quando tivemos o primeiro corte desde 2020.

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