Sistema leva água para o Alto Tietê, que abastece 4 milhões na região metropolitana de São Paulo; reservatórios registram 25% de volume útilSistema leva água para o Alto Tietê, que abastece 4 milhões na região metropolitana de São Paulo; reservatórios registram 25% de volume útil

Sabesp capta água na Serra do Mar para conter seca de reservatórios

2025/12/11 06:40

A Sabesp começou no dia 1º de dezembro de 2025 a captar água na Serra do Mar a fim de conter a queda do nível dos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo. A estrutura transporta até 2.500 litros por segundo para o Sistema Alto Tietê, responsável pelo atendimento cerca de 4 milhões de pessoas.

A empresa de abastecimento, privatizada em 2024, afirma que a obra que ampliou a captação já estava projetada antes de os reservatórios atingirem seu menor nivel em uma década. Com investimento de R$ 300 milhões, a estrutura deve aumentar em 17% o volume de “água nova” que chega ao reservatório do Alto Tietê.

A transferência começa no ribeirão Sertãozinho, um dos afluentes do rio Itapanhaú, a 60 km da capital e próximo ao Parque Estadual da Serra do Mar. O sistema percorre cerca de 9 km por meio de adutoras apoiadas em blocos de concreto e inclui um túnel de 500 metros escavado na montanha, nas proximidades da rodovia Mogi–Bertioga, solução adotada para evitar o soterramento dos dutos e preservar a vegetação nativa.

Copyright Divulgação/Sabesp – 1º.dez.2025
Ilustração do novo mecanismo de transferência de água para o sistema Alto Tietê, em São Paulo, para combater a crise hídrica da região

Baixo nível dos reservatórios

Em 24 de outubro, quando a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) lançou um plano de contingência para reduzir o consumo, o nível do “volume útil” do SIM (Sistema Integrado Metropolitano) estava em 28,7%. Nesta 4ª feira (10.dez), o nível estava em 25%.

Desde o lançamento do plano, a medida de contingência continua na “faixa 3”. Nesse status, a Sabesp reduz a pressão da água por 10 horas ao dia. A elevação para 12 horas vai ser adotada se o nível do sistema integrado ficar abaixo de 22,8%.

O “volume útil” é a diferença entre o volume total e o “volume morto”, que fica abaixo do ponto de captação normal e de onde a água só pode ser retirada por bombeamento. A escassez atual é causada por falta de chuva.  

As faixas do plano de contingência de São Paulo não são fixas. Elas são alteradas a partir de uma avaliação geral do comportamento do sistema integrado. Eis os atuais limites:     

  • Faixa 1 (abaixo de 34,68%) – Revisão das transposições de bacia e reforço das campanhas de uso consciente da água;     
  • Faixa 2 (abaixo de 28,68%) – Redução da pressão na rede de abastecimento por 8 horas noturnas;    
  • Faixa 3 (abaixo de 22,68%) – Redução de pressão por 10 horas;    
  • Faixa 4 (abaixo de 16,68%) – Redução de pressão por 12 horas;    
  • Faixa 5 (abaixo de 6,68%) – Redução de pressão por 14 horas;    
  • Faixa 6 (abaixo de –3,32%) – Redução de pressão por 16 horas, instalação de bombas para captar o “volume morto” e ligações emergenciais em hospitais, clínicas de hemodiálise, presídios e postos de bombeiros;    
  • Faixa 7 (abaixo de -3,32%) – Rodízio no abastecimento.     

A troca de faixa –com aumento do tempo de redução da pressão– só é feita quando o nível se mantém abaixo do limite por 7 dias consecutivos. Para relaxar a medida e voltar a uma faixa anterior, com a diminuição mais branda do tempo de redução de pressão, é preciso que o nível se mantenha acima do limite 14 dias consecutivos.    

Quando o plano de contingência foi adotado, o Sistema Cantareira – principal fonte de água da região metropolitana de São Paulo, que abastece 9 milhões de pessoas –, já tinha atingido seu menor nível em 9 anos, operando com 24,2% de seu “volume útil”. O nível agora está em 19,9%. 

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