Moraes anulou na 5ª feira (11.dez) a sessão na Câmara que decidiu manter o mandato da deputada condenada pelo STFMoraes anulou na 5ª feira (11.dez) a sessão na Câmara que decidiu manter o mandato da deputada condenada pelo STF

Esquerda diz que cassação de Zambelli reforça a democracia

2025/12/12 18:54

Congressistas de esquerda comemoraram na 5ª feira (11.dez.2025) a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de cassar imediatamente o mandato de Carla Zambelli (PL-SP). O magistrado anulou a sessão da Câmara que havia decidido manter o mandato da deputada federal, condenada criminalmente por tentar invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Segundo o ministro, os deputados agiram em “clara violação” à Constituição. Também mandou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dar posse ao suplente de Zambelli, Adilson Barroso (PL-SP), em até 48 horas.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), que tinha enviado um mandado de segurança ao STF pedindo a cassação de Zambelli, celebrou a “vitória” em postagem no X: “seguiremos vigilantes para que nenhuma autoridade viole a Constituição com casuísmos ou manobras regimentais”.

Para a deputada federal Denise Pessôa (PT-RS), presidente da Comissão de Cultura da Câmara, a cassação de Zambelli reforçou a democracia.

“A decisão reforça que ninguém está acima da lei: Zambelli foi condenada com trânsito em julgado e encontra-se presa na Itália, e, portanto, não podia seguir exercendo mandato parlamentar”, afirmou.

A deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS) declarou no X que a Justiça foi feita e que a decisão de Moraes foi “um recado firme contra quem atenta contra as liberdades democráticas”.

Já a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) disse que “não durou nem 24h a felicidade da Zambelli na cadeia na Itália”.

“Alexandre de Moraes cuidou disso”, escreveu na rede social X.

CONDENAÇÕES E PRISÃO 

Carla Zambelli foi condenada em maio deste ano pelo STF a 10 anos de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos por invadir o sistema do CNJ. O ministro Alexandre de Moraes determinou então a prisão preventiva da deputada.

Segundo as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão para a emissão de mandado falso de prisão contra Moraes. Ainda conforme a investigação, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e disse ter realizado o trabalho a mando da congressista.

Em junho, Zambelli deixou o Brasil e passou a ser considerada foragida. O nome da congressista chegou a ser incluído na lista vermelha da Interpol, a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Em julho, Zambelli foi presa em Roma, capital da Itália.

O governo brasileiro pediu a extradição. O pedido foi oficializado pelo STF e o requerimento, enviado pelo Itamaraty ao governo italiano.

Em agosto, Zambelli também foi condenada pelo STF a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal contra o jornalista Luan Araújo em São Paulo, na véspera do 2º turno de 2022.

O Supremo determinou a perda do mandato parlamentar após o fim da possibilidade de recurso, bem como o pagamento de uma multa de 400 salários mínimos vigentes em 2022 com atualização monetária.

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