PRIMEIRA FILA - A presença dos principais CEOs das big techs na posse de Trump mostra a ligação entre empresas, hiperconectividade e poder Getty Images Ant PRIMEIRA FILA - A presença dos principais CEOs das big techs na posse de Trump mostra a ligação entre empresas, hiperconectividade e poder Getty Images Ant

De inteligência artificial a chips: big techs conseguiram quase tudo o que queriam de Trump

2025/12/29 04:09
PRIMEIRA FILA - A presença dos principais CEOs das big techs na posse de Trump mostra a ligação entre empresas, hiperconectividade e poder — Foto: Getty Images PRIMEIRA FILA - A presença dos principais CEOs das big techs na posse de Trump mostra a ligação entre empresas, hiperconectividade e poder — Foto: Getty Images

Antes de Donald Trump voltar à presidência, em janeiro, os líderes de tecnologia estavam dispostos a conquistá-lo, com doações para sua posse e visitas à sua casa em Mar-a-Lago. Mesmo assim, quando assumiu o cargo, o presidente impôs tarifas que elevariam os custos das cadeias de suprimentos da Apple e restringiu as exportações de chips de inteligência artificial da Nvidia e de outros fabricantes. Ao longo do tempo, porém, as maiores empresas de tecnologia conseguiram quase tudo o que queriam de Trump, segundo informações do The New York Times.

Desde o verão no hemisfério norte, por exemplo, ele eliminou limites à exportação de chips de IA, acelerou a construção de data centers que alimentam o desenvolvimento da inteligência artificial e impulsionou uma legislação que deu aval do governo a um tipo de criptomoeda. Além disso, neste mês, Trump assinou uma ordem executiva para derrubar restrições estaduais à IA e liberou a venda de um chip mais poderoso da Nvidia para o principal rival dos Estados Unidos, a China.

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“O que vimos até agora na administração Trump é um governo que escolheu a indústria de tecnologia para vencer, de uma forma que vai contra a própria base dele”, disse ao NYT Isabel Sunderland, que trabalha com política de tecnologia na Issue One.

Cortejado de forma persistente pelas empresas de tecnologia, Trump acabou consolidando sua relação com o setor mais rico e poderoso dos EUA. O presidente norte-americano tem usado o apoio das empresas de tecnologia para reforçar seu objetivo de liderança dos EUA em IA e cripto, ao mesmo tempo em que garante vitórias para sua agenda econômica America First.

Liz Huston, porta-voz da Casa Branca, afirmou que a relação de Trump com a indústria de tecnologia ajudaria os Estados Unidos a prosperar. “O presidente Trump está aproveitando seus relacionamentos próximos com titãs do setor privado para consolidar o domínio tecnológico americano pelo resto do século XXI”, disse ela.

Para o Vale do Silício, a aliança com Trump significou bonança. Livres de possíveis regulações e beneficiadas por políticas favoráveis ao setor, Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla viram suas ações dispararem. Além disso, neste ano, Amazon, Apple, Google, Meta, Nvidia, OpenAI e Oracle anunciaram, juntas, US$ 1,4 trilhão em investimentos em data centers e projetos de manufatura domésticos, segundo levantamento do The New York Times. O bitcoin, a criptomoeda mais popular, também atingiu recordes históricos.

David Sacks, capitalista de risco que atua como “czar” de IA e cripto da Casa Branca, e outros nomes do Vale do Silício ajudaram a abrir caminho para que executivos como Jensen Huang, da Nvidia, tivessem acesso ao presidente. Outras empresas de tecnologia apoiaram abertamente os projetos de Trump, com Amazon, Meta, Google, Palantir e Coinbase doando para a iniciativa de substituir a Ala Leste da Casa Branca por um salão de festas.

Essa relação ficou evidente em setembro, em um jantar na Casa Branca para líderes do setor. Sentado ao lado de Mark Zuckerberg, da Meta, e do cofundador da Microsoft, Bill Gates, Trump declarou que os executivos estavam “liderando uma revolução nos negócios” e os chamou de “as pessoas mais brilhantes”. Sam Altman, CEO da OpenAI, elogiou Trump por ser “pró-negócios”. Sundar Pichai, CEO do Google, elogiou a “liderança” de Trump em IA, e Tim Cook, CEO da Apple, agradeceu ao presidente por “dar o tom” para a manufatura doméstica.

“Estamos vendo uma indústria que sabe como lidar com o presidente”, disse ao NYT Jessica González, co-CEO da Free Press, um grupo de defesa de consumidores e da mídia.

Mas a relação também abriu uma fissura na direita, dividindo parlamentares republicanos e atraindo críticas de conservadores. Segundo eles, Trump deixou bilionários da tecnologia circularem livremente por sua administração, viabilizando políticas que enriquecem ainda mais o setor enquanto deixam outros americanos para trás.

Alguns republicanos passaram a se preocupar também com o que essa relação com as big techs significaria para temas como segurança infantil em IA. A preocupação é que a aliança de Trump com a indústria de tecnologia acabe ofuscando preocupações sobre os efeitos da IA na segurança infantil e na liberdade de expressão. A OpenAI e outras empresas de IA foram processadas por pais cujos filhos morreram por suicídio após, segundo eles, desenvolverem relações prejudiciais com chatbots de IA.

Também passaram a ser motivos de preocupação os efeitos da IA sobre o emprego e a proliferação de data centers que consomem grandes quantidades de energia.

Em várias partes do país, as políticas de Trump que incentivam a construção de data centers também se tornaram controversas. Meta, Amazon, Microsoft e outras empresas vêm construindo grandes instalações de computação, que consomem energia e água e têm sido responsabilizadas por elevar as contas de serviços públicos.

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