A Suprema Corte norte-americana rejeitou nesta 3ª feira (23.dez.2025) a tentativa do presidente dos EUA, Donald Trump (republicano), de enviar tropas da Guarda Nacional para Chicago. O republicano justificava que precisava proteger funcionários federais da ICE (Serviço de Imigração e Alfândega) que executam sua política de deportação em massa.
Os juízes destacaram em sua decisão que a Guarda Nacional provavelmente seria acionada somente quando o Exército, Marinha, Força Aérea e Fuzileiros Navais forem insuficientes para manter a ordem, o que só seria permitido por lei em circunstâncias “excepcionais”.
“Nesta fase preliminar, o Governo não conseguiu identificar uma fonte de autoridade que permita aos militares executar as leis em Illinois”, afirmou o tribunal. A decisão rejeita a tentativa do governo de suspender as ordens judiciais de outubro que proibiram o presidente de usar 500 soldados da Guarda Nacional de Illinois para responder a protestos em uma instalação da ICE em Chicago.
JB Pritzker, governador de Illinois, Estado onde está a cidade de Chicago, classificou a decisão como “uma grande vitória para Illinois e para a democracia americana”. “Este é um passo importante para conter o abuso de poder constante do governo Trump e frear sua marcha rumo ao autoritarismo”, disse o governador em um comunicado.
O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, afirmou que a decisão “não protege apenas Chicago, mas também cidades em todo o país que foram ameaçadas pela campanha de Trump contra imigrantes e cidades governadas por democratas”.
O processo de Illinois foi o 1º à Suprema Corte. Batalhas judiciais foram travadas na Califórnia e no Oregon. Illinois e Chicago adotaram as chamadas políticas de cidade-santuário, o que significa que as autoridades locais não ajudarão o ICE a rastrear imigrantes sem status legal.


